Observação da relação mãe-bebê

O trabalho de observação da relação mãe-bebê, por meio do método Esther Bick, é feito através da visita semanal da observadora à casa do bebê. A observação dura uma hora e o objetivo é observar o desenvolvimento emocional do bebê.

Para a observadora, é importante a compreensão adquirida sobre os primórdios da vida psíquica – o que, inclusive, é bastante rico para o trabalho clínico com adultos -, assim como a observação de bebês é também um modo de treinamento da contenção emocional, tão necessária ao trabalho do psicanalista.

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Annette Watillon (1997), no artigo “A técnica das terapias conjuntas”, nos lembra sobre a função da observadora, quando coloca que “um dos benefícios da observação do lactente em sua família, quando tudo vai bem, é chamar a atenção dos pais, de maneira não-verbal, sobre a importância da vida psíquica de um recém-nascido” (p. 177).

As mães e pais costumam se beneficiar deste trabalho de observação, pela sensação de estarem sendo também vistos e contidos, num período tão delicado de suas vidas.

Quando há alguma situação difícil na relação pais-bebê, pode ser indicada a intervenção precoce, que consiste na psicoterapia pais-bebê (0-3 anos), realizada por um psicanalista treinado para tal trabalho.