Toda mãe sabe que seu bebê tem um bonequinho ou um paninho sem o qual não consegue se acalmar e que, caso suma, lhe trará problemas. Esses objetos de apego do bebê foram designados, por Winnicott, de objetos transicionais. O autor fala que as primeiras atividades transicionais do bebê recém-nascido são colocar o punho na boca e, um pouco mais tarde, apegar-se a um ursinho ou mesmo um balbucio do bebê pode ser entendido como um fenômeno transicional. Estes ocorrem com objetos que não fazem parte do corpo do bebê, mas também não são por ele reconhecidos como pertencentes à realidade externa.
Os objetos transicionais são especialmente importantes para o bebê na hora de dormir, em momentos de solidão ou de privação, segundo Winnicott (1971). O objeto transicional representa, de forma ilusória, o seio ou o objeto da primeira relação (Winnicott, 1971), portanto, permite que o bebê se acalme na hora de dormir e suporte um certo afastamento da mãe.
Referência bibliográfica:
WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Trad. José Octávio de Aguiar Abreu e Vanede Nobre. Rio de Janeiro: Imago, 1971.